Não quero um amor aos pedaços, atenção aos pedaços, amigos aos pedaços.
Quero ser egoísta, quero algo meu, pra eu dizer que é meu, mesmo sabendo a complexidade desse pronome, que abriga em seu seio uma possessividade ilusória.
Quero me enganar se for o caso, quero me iludir se é ilusão pensar que algo é nosso ou alguém.
Quero me sentir pertencente, quero pertencer a alguém, ou me emprestar à alguém e roubar alguém pra mim.
Como é difícil ter apenas pedaços, bons pedaços, ótimos na verdade, mas pedaços, apenas bons pedaços, como diria CAZUZA, esses pedaços são quase pequenas poções de ilusão.
Para ter algo inteiro, preciso aprender a terminar as coisas, nada de deixar duzentas portinhas semi-abertas para em caso de situações emergenciais, ter um caminho por onde voltar, e é voltar mesmo, é retroceder, é voltar pra trás por não ver possibilidade futura, é se "segurar" no passado pela "falsa" facilidade que ele trás.
Quero fechar todas as portinhas do passado, olhar para elas com o carinho que cada uma merece e entender que elas passaram e de uma vez por todas, deixa-las nos seus devidos lugares, em um lugar da lembrança, lugar esse que pode ser consultado futuramente, e ser alvo de orgulho,de alegria,de satisfação, de aprendizado, mas agora, deve ser apenas lembrança.
Agora busco "inteiridade integral", não sei se essa palavra existe, mas busco só coisas inteiras, amigos inteiros, amores inteiros, lugares que me façam me sentir inteira, trabalho que eu me sinta inteira...
Busco agora algo maior, desejo "devolver" os pedacinhos que me eram "doados" e me dedicar a aceitar apenas coisas inteiras, respeitos os pedacinhos, agradeço pelos inúmeros aprendizados, mas me proponho a aceitar a partir de agora só coisas inteiras.
Inteiramente lindas e inteiramente minhas.......
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